A fibra das mulheres
Só depois de uma estada em Salvador ela resolveu casar-se, "ter a casa dela, para não ficar morando com a irmã. Escreveu para ele em Itabuna e recebeu então as alianças".
Em Itabuna, Dona Marieta costurava para fora enquanto o marido ficava no armazém ("a mulheres sergipanas eram incríveis, ajudavam muito os maridos").
Todo o dinheiro que ganhavam aplicavam em novas fazendas de cacau, todas "pequenas roças", até chegar a oito fazendas de cacau.
Enquanto o marido se embrenhava pelas roças e matas, Dona Marieta passava a maior parte do tempo em Itabuna, onde educava as filhas.
A educação das crianças
"A escola onde eu estudava funcionava na casa de uma senhora, D. Alzira Paim, que cobrava cinco mil réis por mês a cada aluno e educava a elite local. Ela era exigente, usava palmatória (todo mundo usava palmatória), e ensinava cada criança separadamente. Ela respeitava o ritmo de cada uma. Se eu adoecesse ela recomeçava do ponto onde tinha parado na última aula. Isto foi por volta de 1925."
"De vez em quando, nas férias, nós íamos para a fazenda de pecuária, onde passávamos uns dois ou três meses lá. Andávamos três dias a cavalo, a gente levava comida, era aquela tropa enorme. Eu, minha irmã, montávamos em sela, minha mãe viajava de lado, no cilhão. A estas alturas meu pai construído uma casa na fazenda, que sacrifício para fazer esta casa..."
"Em 1927 fomos para Salvador continuar os estudos. Era muito comum as famílias de Itabuna, quando os maridos estavam bem, alugarem ou comprarem uma casa em Salvador para educar os filhos, onde havia ginásio. Quem queria se formar permanecia em Salvador. Entrei para a Faculdade de Direito em 1934." A segunda geração >>